sexta-feira, 31 de julho de 2009


CONSIDERAÇÕES SOBRE UM PIJAMA


O azul nada tinha de céu

Os pés descalços nada tinham de liberdade

O sol nem era bem vindo

pois o trabalho não era dignidade


O espaço, não era sideral

O encontro não era ocasional

O choro não era proposital

A dor era real

Os uniformes sem compaixão

Os disformes sem ilusão

Os conformes sem solução


E o azul, nada tinha de céu

E o humano pouco tinha de seu

Diante do outro

O olhar da inocência

Sem entender tamanha insolência

Brincou, como se fosse o céu

Sonhou, como se fosse seu

Morreu, como se fosse eu

Ponto final

6 comentários:

  1. Aaaaaaah Bem que disse que eu ia curitr!!!
    Amei....*___*

    bjO

    ResponderExcluir
  2. Não fosse seu este poema, com certeza eu gostaria que fosse meu. Seja na morte que expressa na última frase, no sonho que a antecede, na inocência que que rodopia sobre as demais expressões.
    Sei que é dado ao poeta a condição de se fazer único, enquanto escreve, e múltiplo, após a divugação do texto e é ai que eu entro:
    ESTE POEMA AGORA É NOSSO!
    adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

    ResponderExcluir
  3. E se o Amaro não tivesse escrito exatamente isso eu escreveria! Os poetas andam "roubando" os desejos uns dos outros..rs
    Amei muito!

    ResponderExcluir
  4. Adoro o seu jeito de brincar com as palavras ludi.
    Você escreve de uma forma tão natural e tão perfeita.

    Foi minha professora! hauahuah.
    Volte logo com novidades para o blog.
    Beijão.

    ResponderExcluir
  5. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  6. adorei de todos os seus poemas que eu li este foi o melhor!!!parabens"!!!

    ResponderExcluir